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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Divindades Daédricas parte 7 - Mehrunes Dagon

Mehrunes Dagon é o príncipe Daédrico da Destruição, Mudança, Revolução, Energia e Ambição. Ele está associado a perigos naturais como incêndios, terremotos e inundações. Ele é uma divindade especialmente importante em Morrowind, onde

representa um terreno inóspito nos Quatro Pontas da Casa dos Problemas. Porém, para a maioria das outras culturas, Dagon é apenas um deus de derramamento de sangue e traição. O Plano de Oblivion de Dagon é conhecido como Terras Mortas (Deadlands). Como o nome sugere, são terras áridas, consistindo de ilhas vulcânicas em um mar de lava. Os Dremoras, Clannfear e Scamps estão entre seus servos, que habitam livremente as torres e pontes com arquitetura baseada em espinhos e corpos apodrecidos.


O inimigo reconhecido de Dagon é Ebonarm e seu dia de invocação é no Festival dos Guerreiros. Ele ajudou Jagar Tharn na sua aquisição temporária do trono Imperial, provavelmente antecipando a década de guerras e conflitos que Tharn produziu. Ele também invadiu e tomou o controle do Battlespire, em violação do pacto Daedra, limitando a intromissão de seres divios nos assuntos mortais a fim de prejudicar a capacidade do Colégio Imperial dos Magos de Batalha (Imperial College of Battlemages, que representava uma ameaça ao poder de Tharn como Imperador).

Crise de Oblivion
Dagon foi a força motriz por trás da Crise de Oblivion. Ele conspirou para destruir a linhagem Septim e abriu os portões para Oblivion por toda Cyrodiil para iniciar uma invasão. Sua motivação para essa invasão não é clara, mas a Aurora Mítica (Mythic Dawn, um grupo dedicado ao culto de Dagon) afirmou que Nirn era a dimensão inicial de Mehrunes. A Aurora Mítica trabalhou para consolidar a vinda de Dagon e assassinar o imperador e seus três herdeiros conhecidos. O culto focou-se na premissa de que Dagon viria para limpar o mundo de todos os não-seguidores.

A fim de recuperar o Amuleto dos Reis e acabar com os planos de Dagon, o Campeão de Cyrodiil teve que recuperar o Mysterium Xarxes, um livro escrito pelo próprio Mehrunes, para que Martin Septim pudesse abrir um portal para o Paraíso de Mankar Camoran, onde o amuleto era mantido. Dagon fez uma breve, mas dramática, aparição como um humanóide de quatro braços gigantesco armado com um machado e garras no auge da crise.

Crescente Daédrica
A Espada Crescente Daédrica é um artefato criado pelo príncipe Mehrunes Dagon. Ela tem o poder de paralisar quem recebe seu ataque e concede peso extra a armadura equipada do inimigo; também é conhecida por criar uma bola verde de energia, mas os efeitos dela são desconhecidos. Houve uma época que haviam diversas Crescentes, usadas pelos integrantes das forças de Dagon ao tomar o Battlespire durante o Simulacro Imperial. Quando o Império depois recuperou a academia em ruínas, as Crescentes foram recolhidas e destruídas - todas menos uma. Desconhecido para o Império, essa lâmina existiu em algum lugar de Tamriel, embora ninguém jamais a tenha visto.

Em 3E 427, esta última Crescente foi descoberta pelo Nerevarine. Ela estava na posse do Lorde Dregas Volar, um Dremora que morava no santuário Daédrico de Magas Volar, um santuário inacessível não fosse pelo teletransporte mágico. Divayth Fyr da Tel Fyr possuía um amuleto que teletransportava o usuário para o santuário escondido e o Nerevarine usou tal amuleto para derrotar Lorde Volar, tomando a última Crescent Daedric conhecida.

Lâmina de Mehrunes
Também chamada de Adaga das Chagas Finais (Dagger of Final Wounds), Banidora dos Justos (Bane of the Righteous) e Regicida (Kingslayer). Este poderoso punhal de ébano tem a capacidade de matar instantaneamente seus alvos, já que há uma pequena chance de Dagon reivindicar para si as almas daqueles atingidos pela lâmina.

A Irmandade Sombria (Dark Brotherhood) já foi dizimada por uma luta interna de poder e suspeita-se que a lâmina estava envolvida. Diz-se que o mestre Telvanni de Sadrith Mora, Neloth, já esteve na posse da lâmina e foi usada para inspirar suas tropas na batalha contra o mestre Telvanni rival de Tel Aruhn, Gothren, antes de ter sido roubada por uma trupe de acrobatas que ele havia ofendido.

Em 3E 427, o Nerevarine recuperou a lâmina da Tumba Ancestral de Alas, onde estava abandonada e enferrujada pelo cadáver de Varner Hleras. Em troca, Dagon imbuiu a adaga com o seu poder e ela retornou à sua antiga glória. Em 3E 433, um Arquimago ladino Telvanni chamado Frathen Drothan montou um exército de mercenários e procurou o punhal na Sundercliff Watch, um posto Imperial avançado abandonado e mina de ferro. Dizia-se que o local era entrada para a antiga cidade Ayleid de Varsa Baal. Porém, esta foi uma construção de Mehrunes Dagon, feita para testar os peregrinos em busca da navalha. Drothan conseguiu invocar a lâmina, mas antes que ele pudesse recuperá-la o campeão de Cyrodiil tomou o punhal.

Depois da Crise de Oblivion, um grupo dedicado à erradicação da Mythic Dawn de Tamriel se deparou com o punhal. Eles a quebraram em pedaços e as distribuiu entre os três membros mais antigos de sua ordem, comprometendo-os a manter as peças seguras. Eles mesmos se rebatizaram de 'Os Guardiões da Lâmina' em homenagem ao novo papel. O cabo, o pomo, e os cacos da lâmina foram transmitidos aos descendentes dos Guardiões, mas a bainha não.

Na 4E 201, o último Dragonborn foi contactado por Silus Vesuius, um entusiasta de Dagon que tentava estabelecer um museu da Aurora Mítica, que tinha encontrado a bainha. Ele contratou o Dragonborn para coletar as três peças que faltavam e viajaram para um santuário de Mehrunes para reaparar a lâmina. Dagon exigiu a vida de Vesuius Silus em troca do reparo, mas Vesuius ofereceu ouro ao Dragonborn para ignorar o pedido de Dagon e apenas adicionar os pedaços quebrados ao seu museu. Desconhece-se se o Dragonborn aceitou a oferta em ouro ou se Vesuius foi morto e o punhal restaurado.

Mysterium Xarxes
O Mysterium Xarxes é um tomo escrito por Mehrunes Dagon. O conhecimento do tomo foi originalmente retirado do Oghma Infinium e dado a Xarxes por Hermaeus Mora. Xarxes então ofertou esse conhecimento para Dagon. O volume era um artefato de grande, e mal, poder. O livro era perigoso de se lidar, exigindo proteção mágica para leitura.

O livro foi dado por Dagon para Mankar Camoran. Depois de estudar o tomo, Mankar escreveu o 'Comentários sobre Mysterium Xarxes' (também conhecido como 'Comentários da Aurora Mítica'). Inspirado pelas profecias dentro do livro, Mankar fundou a Mythic Dawn, um culto Daédrico que adorou a Mehrunes Dagon. O Mysterium Xarxes atuou como livro sagrado do culto e foi armazenado em um santuário escondido da Mythic Dawn nas cavernas sob Lago Arrius em Cyrodiil. Usando o poder do livro, Mankar criou a Gaiar Alata ou 'Paraíso', uma dimensão alternativa onde as almas dos cultistas da Aurora Mítica iam na morte.

Em 3E 433, após o assassinato do imperador Uriel Septim VII e todos os seus herdeiros legítimos, os Blades se infiltraram no culto e roubaram o Mysterium Xarxes de seu santuário. Ele foi levado para o Templo Mestre da Nuvem (Cloud Ruler Temple), onde Martin Septim (o filho bastardo de Uriel e herdeiro ao trono) traduziu o tomo de Xarxes e descobriu uma maneira de criar um portal para o Paraíso de Camoran. O ritual requeria uma Great Welkynd Stone, uma Great Sigil Stone, um artefato Daédrico e algum artefato Aédrico. O Herói de Kvatch entrou em Gaiar Alata e derrotou Camoran, recuperando o Amuleto dos Reis. O Mysterium Xarxes foi destruído no processo.

Uma única página queimada do tomo sobreviveu aos eventos da Crise de Oblivion e entrou na posse da família Vesuius, que eram membros da Mythic Dawn. Na 4E 201, a página foi colocada em exposição por Silus Vesuius em seu Museu da Aurora Mítica, na cidade de Dawnstar em Skyrim.

Fontes in-game:
On Oblivion
The House of Troubles
The Doors of Oblivion
Book Eleven of 2920, The Last Year of the First Era-Sun's Dusk



Autor: Ícaro Oliveira do grupo Dovahkiins Depressivos